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Nossa terra, nossa gente

Um passeio sentimental pelas principais regiões que formam o Rio Grande do Norte, seus habitantes, suas belezas, suas riquezas e principalmente pelo orgulho de ser potiguar.

Por Paulo Araújo

Canindé Soares

Não é à toa que somos tão especiais: estamos localizados na “esquina do Brasil”, exatamente no ponto mais à leste do mapa e de onde, com algum esforço de imaginação, dá pra sentir no rosto uma brisa morna correr em direção ao norte ou enxergar o alto das copas dos baobás africanos, do outro lado do oceano, no misterioso continente africano.

Assim é o Rio Grande do Norte, em linhas gerais: um estado com quase 53 milhões de quilômetros quadrados — que não chega a equivaler 1% da área total do nosso país — pouco mais de três milhões de habitantes e um litoral espetacular de 400 quilômetros de extensão e, sem dúvida, um dos “vertices” do triângulo com o qual o Brasil se parece.

Parece pequeno, mas já no nome dá pistas de que “nasceu” para ser Grande. Mesmo tendo sido “descoberto” na altura da Bahia, o primeiro marco da colonização portuguesa no Brasil foi plantado por aqui, na praia de Touros, exatamente “onde o vento faz a curva”. É daqui, também, que sai 95% do sal produzido no nosso país. Somos o “norte” e o “tempero” da terra, aqueles dois elementos que geralmente só sentimos falta quando faltam em nossas vidas.

Discreto, com seu charme que só se revela a poucos, é assim esse estado. Das paisagens mais conhecidas no litoral, com destaque para o Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal, as dunas de Genipabu, em Extremoz, onde os buggies serpenteiam fazendo a alegria dos turistas, ou o maior cajueiro do mundo, na praia de Pirangi, em Parnamirim.

Nas páginas a seguir, vamos fazer um passeio sentimental pelas principais regiões que foram o nosso estado. De antemão, avisamos que elas não seguem os padrões de organização adotados pelos geógrafos. Foram escolhidas de acordo com elementos que as unem, as tornam únicas, às vezes diferenciadas umas das outras por poucos quilômetros, por um conjunto serra, uma franja de salina branca ou os traços deixados no chão pelos homens e mulheres potiguares.

E são esses homens e mulheres, que aparecem aqui em ali em alguns textos – ou estão, propositadamente escondidos neles – a maior riqueza desse chão. Dos seridoenses bairristas do seu passado ibérico aos oestanos orgulhosos da sua braveza, passando pelos moradores da poética região Agreste, avançando na dureza da vida na região produtora do sal, seguindo em frente até o Mato Grande com seus verdes profundos até, de novo, chegar no mar, o mar de Natal, a origem de tudo, do encontro de portugueses com os índios, todos estão representados nesse Nós, do RN.

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