Mesmo em tempos de crise, os jovens potiguares não tem medo de botar a cara no sol e abrir a própria empresa. No primeiro semestre deste ano, o RN foi o estado brasileiro que apresentou maior crescimento no número de novos negócios.
Por Jussara Correia
Elisa Elsie e Mariana do Vale
Philipe Coutinho, publicitário: diretor da empresa Boca Comunica
“Empreendedor é aquele que tira de onde não tem e põe onde não cabe.” A frase do empresário e publicitário Nizan Guanaes foi citada pelo jovem Rafael Braz ao definir o perfil de um empreendedor. Aos 19 anos, o estudante do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) já traçou suas metas e sabe bem o que quer da vida: o mundo dos negócios. Ao lado de mais 19 jovens, Rafael integra a equipe da Miniempresa PotiGel, especializada em álcool em gel aromatizado.
A empresa é resultado do projeto da Junior Achievement, uma associação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na fase estudantil. O projeto tem duração de 3 meses e proporcionou a prática real do mundo dos negócios, do funcionamento de uma empresa. No entanto, a empresa não deve ser desativada após o encerramento do projeto. Segundo a presidente da Miniempresa, Maria Oliviecki, 18 anos, existe a intenção de legalizar a PotiGel, tendo em vista que, atualmente, ela não possui CNPJ.
Maria está no segundo período do curso de Administração de Empresas, na UFRN e, assim como Rafael, não tem dúvidas sobre seu futuro profissional: quer ser empresária. O perfil empreendedor fica evidente nas palavras e iniciativas da jovem mato-grossense que mora em Natal há poucos meses. “Para mim, ser empreendedor é estar se melhorando o tempo inteiro, inovar, buscar sempre o melhor dentro de uma empresa, no seu dia, fazer algo que seja diferente do que sempre faz e levar isso para outras pessoas”, disse.
Ao entrar no curso de Administração, Maria encontrou muitas respostas para seus questionamentos. “Ingressei na Universidade há pouco tempo e tinha pouca noção do mundo dos negócios. Eu sabia que queria gerir alguma organização, seja a minha empresa, ou uma empresa privada, uma franquia. Mas tinha várias dúvidas. Com esse projeto da Junior Achievement, vi que era possível. Achava que era muito complicado criar uma empresa, uma marca, desenvolver um produto. Agora vejo muitas possibilidades”, declarou a jovem.
Perfil
Para o seu sócio na Miniempresa, Rafael Braz, que faz parte da equipe de Marketing da PotiGel, existe uma diferença entre empresário e empreendedor. “Empresário é quem tem CNPJ, é o dono da fábrica, da empresa, do comércio. Empreendedor está ligado ao perfil daquela pessoal. O empreendedor faz a diferença, otimiza recursos, processos, melhorar sua empresa, criar novas formas de desenvolver algum produto, busca a inovação. Não é necessariamente abrir uma empresa, pois a pessoa pode ser empreendedora na vida, na família”, disse Rafael.
Aos poucos, Rafael foi percebendo que essas características pulsavam dentro dele. “Nunca pensei em concurso público, sempre pensei no privado. Sei que no setor público existem boas pessoas, tem gente que quer fazer acontecer. Mas também sei que muitos só pensam na estabilidade, que eu não vejo como estabilidade. Não me vejo fazendo a mesma coisa durante 30 anos. Acredito muito na meritocracia, se você faz por merecer, você cresce. Acredito muito mais na diferença do empreendedorismo. Não consigo enxergar limite nas coisas. Em empregos privados eu vejo maior possibilidade de dinamismo”, argumentou Rafael.
Desafios
Como diz o ditado popular, para cada cabeça, uma sentença. Se dois sócios são capazes de se desentender, imagine 20 sócios? Segundo Maria e Rafael, esse foi um dos desafios da PotiGel, tendo em vista que 20 personalidades, 20 universos diferentes em algum momento da produção gerou problemas. “Na verdade, a empresa precisa de 30 pessoas, é uma determinação da Junior Achievement e essa também foi uma dificuldade, pois a coordenadora do projeto no RN quase não nos liberava. Mas ela confiou em nós e nosso produto foi um sucesso”, disse Maria.
Lidar com as vendas também foi outro desafio, tendo em vista que muitos ainda não haviam desenvolvido essa habilidade. “Muitos não sabiam chegar nos clientes, oferecer e vender o produto. Mas o projeto deu certo, pois desenvolveu isso nas pessoas, quebrou esse bloqueio”, afirmou a presidente da PotiGel. O próprio Rafael disse que preferia atuar nas questões internas da empresa. “É preciso avaliar o público alvo do produto e meus amigos não consumiam muito álcool em gel. Então, procurei ajudar de outras formas. Fiquei responsável por fazer o controle das vendas”, disse.
A PotiGel, por não ter ainda um CNPJ, não poder fornecer o produto para outras empresas, fazer vendas em atacado. Mas a Miniempresa trabalha com encomendas personalizadas para eventos corporativos, lembranças de festas infantis, de casamentos, chás de panela, entre outros, além de vendas individuais. O grupo possui uma página do Facebook, cujo nome é PotiGel, por onde realiza os contatos com os clientes.
Boca no mundo
Se o caminho para o sucesso é buscar novos conhecimentos e não ter medo de arriscar, o publicitário e empresário Philipe Coutinho, 30 anos, já colocou seus pés nessa trilha. Diretor da Boca Comunica, empresa de marketing estratégico digital, ele se diz, cada vez mais maravilhado com o empreendedorismo. E vai dando a receita: “Escolha bem as pessoas com quem você anda. Claro que você não precisa discriminar ninguém. Mas se você anda com pessoas medíocres, medianas, há uma grande chance de você se tornar uma pessoa mediana”, disse.
Philipe disse que sempre quis empreender, mas não sabia como. Trabalhou muitos anos numa empresa de comunicação digital em Natal, mas resolveu deixar a zona de conforto e dar um salto maior. Foi quando decidiu sair da cidade para estudar em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Passei um ano e meio estudando lá e minha cabeça se abriu. Estudei criação publicitária na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e tive oportunidade de conhecer muita gente boa. Foi quando eu percebi que em Natal eu não conseguiria adquirir aquele conhecimento”, afirmou.
O objetivo de Philipe era trabalhar numa grande agência e um de seus professores lhe abriu essa porta. “Esse professor precisava de um estagiário para a agência de marketing digital, a W3HAUS. Eu queria entrar lá de todo jeito, mas ele disse que eu não tinha nível de estagiário. Mesmo assim, insisti. Então, consegui a vaga e fiquei seis meses trabalhando lá. Depois fui chamado para a empresa HP, aquela das impressoras, computadores, para trabalhar como design. Lá fiquei por quatro meses”, explicou.
A especialização terminou e Philipe voltou para Natal. Mas já não era o mesmo que saiu um ano e meio antes. Voltou para a antiga empresa em que trabalhou, mas também não passou muito tempo por lá. Seus objetivos haviam mudado. Na época, juntou-se a dois amigos e abriu uma empresa de marketing esportivo. “Um desses amigos tinha muito contato com pessoas influentes do futebol brasileiro. Um ano e meio depois, a empresa já tinha escritório em sete estados no país, além de um nos Estados Unidos e em Portugal. Cuidávamos do marketing de 30 atletas e, depois de um ano e mio, eram 300”, afirmou.
Moraes Neto / Agência Sebrae
Leandro Medeiros, Maria Oliviecki e Rafael Braz,: sócios na empresa Potigel
Meu peludo
Ao mesmo tempo em que tocava a empresa de marketing esportivo, Philipe Coutinho, ao lado de um de seus sócios, criou um Startup chamado Meu Peludo. Eles produziram uma medalha que era colocada na coleira dos animais de estimação. Nela, há um QR Code, um código de barras bidimensional que traz informações sobre o dono do animal, como nome e telefone. “Além disso, se o animal se perder na rua e alguém o encontrar, o dono também tem como saber a localização aproximada da pessoa que achou o animal”, explicou Philipe.
Segundo o publicitário, essa ideia de criar o startup nasceu de um bate papo com seu amigo. “Em três meses desenvolvemos um sistema. Fomos para um evento no Rio de Janeiro lá, fomos eleito como o melhor startup brasileiro. Na ocasião, vendemos medalhas para 1.800 pessoas”, afirmou. Philhipe disse que antes de criar o Meu Peludo, fizeram pesquisas para saber a viabilidade do negócio. “O mercado Pet tem o mesmo faturamento do mercado de geladeiras e microondas. O Brasil tem em média um cachorro por pessoa. Imagine se 1% dessa população resolve comprar o produto? Já são 600 mil pessoas. A maioria delas, mulheres”, declarou.
Recomeço
Tudo prosperava na empresa de marketing esportivo em que Philipe atuava como sócio. Mas ele resolveu, mais uma vez, deixar a zona de conforto e empreender. “Naquele momento, a empresa em que eu estava recebeu um alto investimento. Muitos diziam que eu estava louco por sair justamente naquela hora, quando iríamos alcançar um alto faturamento. Mas eu tenho certeza a minha empresa também vai alcançar essa meta. Isso é empreender, é acreditar, correr atrás. Eu não tenho a menor dúvida de que vou conseguir”, declarou.
A Boca Comunica, empresa fundada por Philipe em janeiro deste ano, possui oito clientes e cinco funcionários. Quando questionado sobre a crise econômica que afeta o Brasil e outros países, o empresário disse que esta dificuldade era um exercício para novos negócios. “Não dá para ficar se lamentando. O que vejo por aí são pessoa reclamando da crise, mas não fazem nada para mudar isso. Se conformam e criticar e esperar que as coisas melhores”, afirmou.
O diretor da Boca Comunica ainda é voluntário na Junior Atchiviment e Startup Weekend. Este último é um evento para desenvolvedores, designers, profissionais de marketing, gerentes de produto e entusiastas empreendedores que, em conjunto, vão compartilhar uma ideia, forma equipe, criar produtos e lançar uma startup. “É uma organização mundial que incentiva o empreendedorismo digital. Minha contribuição é, antes de tudo, induzir as pessoas a pararem de reclamar e agir. Caso contrário, nada muda”, concluiu.
Sabor e saúde
Uma restrição na alimentação fez nascer um negócio promissor. Assim começou a história da Farmeria, empresa dos irmãos Felipe e Marcella Rodrigues, 29 e 28 anos, respectivamente. Os dois enfrentavam dificuldades para encontrar produtos de qualidade e com sabor, tendo em vista que são intolerantes à lactose, um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos. Dessa forma, decidiram que abririam a própria empresa de alimentos saudáveis. Uniram forças e hoje possuem um estoque variado, com quase dois mil produtos.
Os dois perceberam, ainda, que crescia o número de pessoas com restrições alimentares e outras que buscavam uma alimentação mais saudável. Percebendo também que havia uma carência de empresas no setor, resolveram abrir a loja. Marcella é arquiteta e cursa pós-graduação em Gestão Empresarial e seu irmão, administrador tributarista e sempre tiveram o sonho de gerir um negócio próprio. “Procuramos algumas franquias em outras áreas como roupa, cosméticos. Mas, talvez isso tivesse mais a minha cara. Então, observamos nossas afinidades. Sou intolerante à lactose há 8 anos e Felipe há 3 anos. Temos ma grande cumplicidade e quando o assunto é alimentação, ainda mais. Ao notar esse número de pessoas alérgicas, intolerantes, percebemos um nicho de mercado”, disse.
Começava, então, a busca por conhecimento sobre o setor. “Viajamos para Recife, São Paulo para conhecer lojas que já existiam, feiras de produtos naturais. Não nos identificamos com franquias, pois haviam limitações. Buscamos consultoria financeira profissional, pois precisávamos de um suporte maior. Não podíamos abrir nenhum negócio sem saber a viabilidade. O Sebrae nos ajudou bastante”, disse Marcella.
Os irmãos tinham um plano de negócios e seguiram à risca. “Vimos que era um negocio bem viável. Tínhamos, naquele momento, a experiência como consumidores e os conhecimentos na área profissional. Começamos a busca pelos produtos. Como sou arquiteta, fiz o projeto da loja. Eu já conhecia marceneiros de confiança e a loja ficou pronta em dois meses. Mas desde a idealização até a conclusão, foram 8 meses, aproximadamente”, explicou Marcella.
A jovem arquiteta teve que deixar de lado sua profissão para se dedicar à Farmeria. “Depois de todo planejamento, de estudo de caso, me desliguei da arquitetura e fui me dedicar, junto ao meu irmão, às planilhas. Não éramos pessoas jurídica, então era difícil colher informações para ter noção de preço, margem de lucro. Essas questões administrativas não são fáceis”, confessou Marcella.
Estratégias
A Farmeria foi inaugurada em dezembro de 2014 e vem obtendo bons resultados nas vendas. Segundo a empresária, as datas festivas são boas oportunidades para o comércio dos produtos naturais. “O Dia das Mães foi impressionante. Os meses de março e abril ficaram empatados nas vendas, mas em maio o crescimento foi grande”, disse Marcella. Dessa forma, os irmãos resolveram investir, cada vez mais, no marketing da loja. “Contratamos uma empresa para cuidar das nossas mídias sociais e temos recebido elogios, um ótimo retorno”, disse.
Além disso, os sócios começaram a buscar parcerias. “Não dava para ficar na loja esperando as coisas aparecem. Mas nosso trabalho é de formiguinha. Ter metas é muito importante. Estar sempre de olho nas novidades”, afirmou. Outra estratégia para o crescimento da empresa, sendo Marcella, é a divisão das funções. “O que eu faço, Felipe não faz e vice versa. Ele cuida do financeiro e eu do comercial. A gente conversa, mas cada um tem seu trabalho. Os dois são bem presentes em tudo”, declarou.
A Farmeria possui, ainda, um sistema de e-commerce – comércio eletrônico -, e trabalha com entregas. “Temos uma vendedora e duas estagiárias de nutrição que ficam o dia inteiro na loja, tendo em vista a loja requer cuidados com parte de estoque, validade dos produtos. Elas também pesquisam sobre benefícios, estão sempre se renovando”, afirmou Marcella. A Farmeria fica na Avenida Prudente de Morais, 4262, próximo ao viaduto da Arena das Dunas.
Biscoito fino
De um lado, alguns ingredientes como cola branca, vaselina e amido de milho e do outro o talento da jovem Kelly Oliveira, 28 anos. A habilidade de reproduzir figuras humanas com um tipo de massa de modelar levou a artesã a conhecer o mundo do empreendedorismo. Desde os 13 anos, Kelly faz esculturas de biscuit na cidade de Parelhas, localizada a 250 km de Natal. Inspirada pelo seu pai, que faz esculturas em barro, a menina começou a fazer pequenos bonecos com a massa que conheceu através de um programa de TV. “Ninguém levou muito a sério naquela época, mas eu continuei fazendo meus bonecos”, disse a jovem.
Com o passar do tempo, os vizinhos e amigos começaram a perceber aquele talento e perguntavam se ela não queria vender seus trabalhos. “Então comecei a fazer peças pequenas. Na época eu era estudante e passava o dia na escola. Ao chegar em casa, ia fazer as encomendas. Como eu não tinha computador, comprava revistinhas pra pesquisar mais. Com o dinheiro, conseguia montar as coisas, meu atelier. Nunca fiz curso, fui aprendendo com as minhas pesquisas”, disse Kelly.
Mesmo fazendo as encomendas, Kelly ainda não havia se dado conta do quanto ainda poderia crescer com o seu talento. Ao conhecer Denise Melo, uma boleira de Natal, as portas se abriram ainda mais. “Eu estava expondo na festa do padroeiro de Parelhas e ela viu meu trabalho, se interessou muito. Então comecei a fazer esculturas para colocar em alguns topos dos bolos dela. Foi aí que percebi que poderia trabalhar só com isso”, afirmou.
O universo das festas de casamento começou a fazer parte do universo de Kelly também. “Eu nunca tinha levado meus trabalhos para uma feira, por exemplo. Então comecei a participar desses eventos de noivas, tanto para confeccionar topo de bolo como lembrancinhas de casamento”, disse Kelly.
Humanização
As peças de biscuit são muito conhecidas no mercado de festas, mas os trabalhos de Kelly tinham algo diferente. Os traços humanizados nos personagens que ela faz se assemelham aos bonecos de plástico vendidos nas lojas de brinquedos. A técnica usada por Kelly vem de outro dom que possui: o desenho.
“Sempre gostei muito de desenhar e, normalmente, quem desenha tem essa preocupação com os detalhes. Então, ao trabalhar com o biscuit, comecei a fazer esses acabamentos mais humanizados, que dão toda a diferença na peça”, declarou.
Os trabalhos de Kelly fazem sucesso não só em Natal e Parelhas. A jovem, que é natural da Cidade de Currais Novos, também envia suas peças para outros municípios do Rio Grande do Norte e de todo o Brasil.
Aliás, sua obra já foi enviada para países como Rússia, Itália e Estados Unidos. “São pessoas daqui que moram fora, ou que têm amigos no exterior. Envio muitas peças para Natal toda semana, além de cidades aqui perto. As vendas em Caicó começaram a crescer bastante também”, disse Kelly.
Profissionalização
Mesmo não tendo cursado uma faculdade de administração, frequentado escolas de arte, Kelly sempre procura se atualizar quando o assunto é gerir seus negócios. “Em me acho empreendedora sim, pois sou muito esforçada. Trabalho bastante, dedico a maior parte do meu tempo trabalhando com o biscuit. Já fiz um curso de empreendedorismo e sempre procuro novidades na internet. Gostaria de fazer mais cursos, mas o tempo é curto. Além disso, fiz cursos de marketing pessoal, para saber como me comportar, como se vestir, a parte da comunicação. Foi muito legal”, explicou.
Kelly confessou que já pesnou em se mudar para Natal para impulsionar seus negócios, mas disse que hoje não tem mais esse pensamento. “Com a tecnologia podemos nos comunicar com pessoas do mundo inteiro e aqui também tenho meu público. Está dando certo assim e eu pretendo continuar em Parelhas. Faço minha divulgação pelo Facebook, mas pretendo criar um site para divulgar meu trabalho. Hoje em dia tem muita gente trabalhando com biscuit, mas creio que tenho um diferencial. As pessoas gostam do meu trabalho”, declarou.
Kelly disse que o biscuit abriu muitas portas em sua vida. “Coisas que eu não tinha, oportunidades de crescimento, tudo mudou. Na cidade onde eu moro, vejo muitos jovens da minha idade desempregados. Pessoas que até são formadas, mas não conseguem um emprego. Eu não tive oportunidade de estudar numa faculdade, mas tenho meu próprio negócio. Trabalho como que gosto, ganho dinheiro com isso e em breve vou abrir meu atelier para atender melhor meus clientes”, afirmou a jovem.
Elisa Elsie e Mariana do Vale
Os irmãos e sócios Felipe e Marcella Rodrigues : aposta no mercado da alimentação saudável